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A Casa Celine parece nascer da imperfeição do terreno — como se se deitasse suavemente sobre ele, com um gesto em L que abriga e se abre. Não tenta corrigir o solo, mas sim compreendê-lo. A geometria nasce da topografia, como uma resposta delicada àquilo que é natural, orgânico, vivo. A estrutura em pilotis eleva, mas não para se impor: é como se quisesse apenas respeitar o chão irregular e observar o entorno com leveza, sem ocupar demais. Ela flutua, silenciosa, como quem pede licença para existir. Esse projeto tem poesia no ritmo das vigas, na madeira que abraça, na luz que entra difusa e desenha o tempo dentro dos ambientes. A gente vai dar espaço pra isso tudo respirar no texto — e na arquitetura também. Entre as angulações do terreno e as ondulações suaves da paisagem, a Casa Celine se acomoda como quem entende que nem tudo precisa ser reto para ser harmônico. Seu corpo, elevado por pilotis, respeita as imperfeições do solo e, ao mesmo tempo, ganha leveza — flutua suavemente no terreno sem tocá-lo com peso. Não é sobre negar o relevo, mas sobre usá-lo como ponto de partida para construir harmonia. Com um gesto em L, a casa organiza seus usos como quem desenha um abraço. O volume social se estende com generosidade: portas de piso a teto correm livremente, dissolvendo fronteiras e transformando interior e exterior em um mesmo ambiente contínuo. A paisagem entra na casa como parte da composição, e não como pano de fundo. Acima, uma abertura zenital com vidro fosco filtra a luz sem permitir o calor — como uma claraboia gentil, que deixa o tempo entrar com delicadeza. É um gesto sutil, mas essencial, que traduz o cuidado com o conforto, com o clima e com o ritmo dos dias. A madeira aparece como protagonista. Revestindo paredes internas, ela aquece, envolve, silencia. No teto, vigas expostas a cada 50 centímetros ritmam o espaço, criando uma métrica visual que pulsa — seja de dentro ou de fora, o olhar encontra essa cadência honesta e contínua. Cada repetição é quase uma respiração. A estrutura deixa de ser invisível e passa a contar uma história. No trecho reservado ao descanso, o bloco íntimo é contido, discreto, com linhas minimalistas e proporções acolhedoras. Um ripado estrutural externo permite que os dormitórios se abram por completo, como pequenas varandas que se projetam ao horizonte. São espaços que se expandem, ampliando a visão e a sensação de refúgio, sem nunca perder a sensação de abrigo. Celine é abrigo que se adapta. É ritmo que observa. É arquitetura que escuta antes de falar. Um gesto horizontal que toca suavemente a terra, e entende que a beleza pode estar justamente naquilo que é imperfeito — naquilo que é sincero.

Casa
Celine

Área do terreno:
2.309.92 m²

Pavimentos:
410,13 m²

Piscina / Lago Natural:
-- m²

Área Total Construída:
410,13 m²

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